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Planejamento de Segurança: O que é, Elementos, Como fazer

Planejamento de Segurança é um dos processos da gestão de segurança voltado para identificação de vulnerabilidades e ameaças, avaliação de riscos e seleção de contramedidas de segurança com base na adequação. Onde as contramedidas selecionadas devem ser justificáveis do ponto de vista de eficácia e custo.

Os planos de segurança devem incluir medidas escaláveis para atender às variações nos níveis de ameaça e acomodar mudanças internas e externas. As organizações devem identificar pessoas, informações e ativos que são críticos para a operação contínua da empresa, e aplicar proteções apropriadas a esses recursos para apoiar seu core business.

Escrito por José Sérgio Marcondes
Postado 14/06/2022

O que é Planejamento?

Planejamento refere-se ao ato de planejar, que consiste em, estudar antecipamento o cenário de um processo, projeto ou operação, definindo as metas e objetivos a serem atingidos, identificando os meios, as ações e estratégias necessárias para o alcance desses objetivos. É um processo administrativo onde se define os objetivos e seleciona os métodos, processos, procedimentos e estratégias, para o seu alcance.

O planejamento visa prever e minimizar os inibidores dos resultados e maximizar os facilitadores no processo de tomada de decisão, pois permitem a tomada de decisões mais assertivas.

Planejar significa analisar, preparar e estruturar as melhores estratégias e condições para a concretização do estado desejado.

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O que é Segurança?

A palavra segurança pode ser interpretada sob dois contextos: primeiro, de “certeza, confiança, firmeza”. Que exprime uma condição de crença e convicção em si ou em outra pessoa. Segundo, de “ação ou efeito de segurar; situação do que está seguro; afastado do risco/perigo.

A palavra segurança, no contexto de proteger, refere-se ao ato de defender; afastar algo ou alguém do risco ou perigo; abrigar-se do mal; resguardar-se; procurar mecanismos de defesa da vida e de seus direitos. Implica minimizar ou eliminar qualquer tipo de risco a vida e/ou a propriedade.

Segurança preventiva, refere-se ao planejamento, preparação, implementação e supervisão de medidas de segurança que visam eliminar ou reduzir o risco resultante de uma vulnerabilidade/ameaça.

Em termos empresariais, a segurança deve ser um facilitador de negócios, fazendo parte do dia-a-dia dos negócios da organização. Os processos de segurança devem identificar mudanças no ambiente empresarial, identificando, avaliando e tratando vulnerabilidades, ameaça e riscos, equilibrando as necessidades operacionais e de segurança.

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O que é Planejamento de Segurança?

Planejamento de Segurança é um dos processos da gestão de segurança voltado para identificação de vulnerabilidades e ameaças, avaliação de riscos e seleção de medidas e contramedidas de segurança com base na adequação. Onde as contramedidas selecionadas devem ser justificáveis do ponto de vista de eficácia e custo.

Uma contramedida de segurança é uma ação, processo, operação, dispositivo ou sistema que possa prevenir, responder ou atenuar os efeitos das ameaças de segurança, e envolvem controles de segurança.

No processo de planejamento de segurança, a organização deve buscar identificar quais dos seus ativos requerem proteção e os tipos de riscos que podem comprometer esses ativos. Essa função crítica determina o nível de contramedida apropriada que é necessária com base em um processo formalmente documentado.

Por Ativo, no contexto desse artigo, entende-se qualquer componente (seja humano, material, tecnológico, software, maquinas, equipamentos ou etc.,) que sustenta um ou mais processos de negócio de uma unidade ou área de negócio da organização. Os ativos críticos são aqueles considerados essenciais para a operação contínua da organização.

Plano de Segurança é o documento formal resultante do planejamento, é uma planificação ou descrição pormenorizada e formal do planejamento realizado. Refere-se ao resultado do planejamento formal de uma atividade, operação de segurança ou projeto de segurança.

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Planejamento de Segurança

Para que serve o Planejamento de Segurança?

O planejamento de segurança serve para identificação e tratamento dos riscos organizacionais, assim como, para a organização e estruturação das operações de segurança, e auxiliar na tomada de decisões:

De forma geral os planos de segurança servem para:

  • Identificar, avaliar e tratar riscos de segurança;
  • Aplicar controles de segurança apropriados de forma eficaz e consistente;
  • Estabelecer metas e objetivos de segurança;
  • Melhorar a resiliência a ameaças e vulnerabilidades de segurança;
  • Impulsionar melhorias de desempenho na segurança;
  • Organizar, estruturar e orientar processos, projetos e operações de segurança;
  • Servir de referencia para auditorias e investigações de segurança.

Objetivos do Planejamento de Segurança

O objetivo do planejamento de segurança é fornecer requisitos, subsídios e recomendações para que as organizações estruturem efetivamente as medidas de segurança para proteger seu ambiente de atuação (colaborares, edifícios, plantas, infraestrutura e propriedade) contra riscos reais e potenciais.

O planejamento de segurança visa obter a proteção ideal dos ativos da organização contra todos os tipos de atos maliciosos e criminosos, garantindo aspectos funcionais, financeiros e estéticos. De forma geral, um plano de segurança visa reduzir riscos, e terá, portanto, pelo menos três objetivos básicos, com base em sua avaliação de risco:

  • Reduzir vulnerabilidades;
  • Reduzir o nível de ameaça que se está enfrentando;
  • Potencializar a capacidade de defesa da organização.

Qual a Importância do Planejamento de Segurança?

O planejamento da segurança é importante para empresa uma vez que ele é um aliado capaz de oferecer condições de rumo e continuidade para sua trajetória em direção ao sucesso.

Um planejamento bem elaborado é a chave de uma administração eficiente da segurança da organização. O planejamento de segurança não elimina os riscos, isso é evidente, mas ajuda os gestores de segurança a identificar e lidar com os riscos organizacionais antes deles causarem sérios danos à empresa, mais ainda, com a possibilidade de evitá-los.

O planejamento da segurança gera diversos benefícios para organização, dentre os quais podemos citar:

  • Define, organiza e compartilha os objetivos organizacionais;
  • Permite  a identificação de variáveis internas e externas relevantes e os fatores críticos de sucesso, que afetam a segurança da organização;
  • Facilita a percepção de novas oportunidades de melhorias ou riscos de segurança;
  • Facilita e melhora o processo decisório;
  • Define responsabilidades e estimula o comprometimento dos envolvidos nos processos e operações de segurança;
  • Determinar processos e operações, viabilizando o controle e ajustes se necessário;
  • Possibilita a utilização dos recursos de forma eficaz e eficiente (economia);
  • Da suporte para conseguir credibilidade e apoio financeiro, material e humano, junto a alta administração da organização;
  • Valoriza a segurança;
  • Dentre outros.

O que são Riscos de Segurança?

Risco de segurança pode ser considerado qualquer situação com potencial de afetar a capacidade da organização de atingir objetivos. Condição inerente a qualquer atividade, decisão e até à própria vida pessoal, profissional e de qualquer entidade viva. É o resultado da possibilidade de uma ameaça explorar uma vulnerabilidade existente e causar danos ou perdas para um ativo da organização.

Um risco de segurança é algo que pode resultar em comprometimento, perda, indisponibilidade ou dano a informações ou bens, ou causar danos às pessoas. O risco de segurança é o efeito da incerteza sobre os objetivos e é muitas vezes medido em termos de sua probabilidade e consequências. As causas são geralmente pessoas, sistemas, processos, procedimentos, crimes, ataques ou eventos naturais.

Os riscos podem ser classificados em três categorias:

  1. Riscos Relacionados as Pessoas: os recursos humanos são geralmente o ativo mais crítico dentro de qualquer organização e, como tal, devem receber uma consideração mais forte ao avaliar o risco.
  2. Riscos Relacionados a Propriedade: propriedade física ou ativos intelectuais.
  3. Riscos de Responsabilidade legal: Os riscos legais também podem afetar pessoas e propriedades, mas precisam ser considerados como uma categoria separada. Isso se deve, em parte, à medida em que as ações judiciais afetam o setor de segurança nos dias de hoje.

Gerenciamento de Riscos

Gerenciamento de Riscos é o processo de identificar, avaliar, tratar e monitorar os riscos existentes em uma organização, departamento, operação, evento ou atividade especifica. Tem como objetivo minimizar ou mesmo eliminar a possibilidade de impactos negativos sobre objetivos/resultados pretendidos, caso alguns dos riscos avaliados venham a se concretizar.

As atividades de gerenciamento de riscos devem ser rastreáveis. Ou seja, deve haver registros, pois esses fornecem os fundamentos para a melhoria dos métodos e ferramentas, bem como de todo o processo. Gerenciar com sucesso os riscos de segurança da entidade e proteger pessoas, informações e ativos requer um compreensão do que precisa ser protegido, qual é a ameaça e como os ativos estão sendo protegidos.

O planejamento de segurança é voltado para projetar, implementar, monitorar, revisar e melhorar continuamente as práticas de gerenciamento de riscos de segurança. Um bom plano de segurança especifica a abordagem, responsabilidades e recursos aplicados ao gerenciamento de riscos de segurança. Ele permite que as organizações revisem o grau de risco de segurança que existe em diferentes áreas de atuação e tomar medidas para mitigar os riscos identificados.

Um processo de gerenciamento de riscos de segurança gerencia os riscos em todas as áreas de segurança (governança, informação, pessoal e físico) para determinar as fontes de ameaça e risco (e eventos potenciais) que podem afetar os negócios da empresa.

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Planejamento de Segurança e a Prevenção do Crime

A Prevenção do Crime Pela Eliminação da Oportunidade refere-se a uma tese que defende a utilização de medidas preventivas e de pronta resposta da segurança planejadas de forma ordenada e organizada, seguindo os princípios da dissuasão, dificultação, detecção e pronta resposta como forma de reduzir oportunidade do criminoso agir.

A maioria dos crimes ocorre porque o criminoso encontrou a oportunidade certa para agir. “A predisposição do criminoso e o patrimônio da vítima se unem em um momento e local onde o criminoso acha que pode cometer o crime com sucesso e com o mínimo de risco de interferência ou apreensão”. Ou seja, o criminoso encontrou circunstâncias e condições para estar dentro de sua zona de conforto.

Dento deste contexto, o trabalho do gestor é o de realizar o planejamento da segurança de forma que ele seja capaz de criar um ambiente que reduza o nível de conforto de criminosos em potencial. O planejamento da segurança deve focar em eliminar as oportunidades de ocorrência do crime, ou seja na possibilidade de acesso ao (s) ativo (s) e na probabilidade aparente de que o crime pode ser cometido com sucesso, com risco mínimo para o autor.

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Elementos do Planejamento de Segurança

O resultado de um planejamento da segurança deve contemplar três elementos essenciais:

  • Objetivos – o que a segurança deverá buscar atingir ou conquistar;
  • Responsáveis e responsabilidades das partes envolvidas;
  • Meios necessários para realização dos objetivos (humanos, financeiros, materiais, informacionais e tecnológicos);
  • Mecanismos de controle (dispositivos e indicadores de desempenhos que permitam o monitoramento durante a execução do planejado a fim de evitar desvios em relação ao estabelecido).

Como Fazer o Planejamento de Segurança?

O processo de planejamento de segurança deve avaliar a probabilidade de ocorrências de riscos potenciais e os seus respetivos impactos na organização, caso eles venham a se concretizarem. Essas etapas são críticas para determinar a melhor forma de proteger os ativos organizacionais e devem ser executadas periodicamente.

 Um benefício adicional do processo de planejamento de segurança é o potencial de maior conscientização sobre segurança em todos os níveis da organização.

O planejamento de segurança deve ser feito por etapas (processos) para que possibilite a identificação da real necessidade de segurança da organização, assim como, a identificação das medidas de segurança mais adequadas as suas necessidades.

Processos do Planejamento de Segurança

O processo de planejamento de segurança consiste em 10 etapas básicas, a seguir:

  1. Estabelecimento do Contexto;
  2. Identificação dos Requisitos Legais e Contratuais;
  3. Identificação dos Ativos;
  4. Identificação de Vulnerabilidades;
  5. Identificação de Ameaças;
  6. Avaliação de Riscos;
  7. Desenvolvimento de Contramedidas de Segurança;
  8. Implementação e Execução;
  9. Monitoramento e Controle;
  10. Revisão do Planejamento de Segurança.

1. Estabelecimento do Contexto

O estabelecimento do contexto inclui considerar os parâmetros internos e externos relevantes para a organização como um todo e que podem interferir de alguma forma nos seus objetivos. Estabelecer o contexto externo envolve a familiarização com o ambiente em que a organização e o sistema operam, incluindo:

  • Fatores geográficos, culturais, políticos, legais, regulatórios, financeiros, econômicos e ambientais competitivos, seja em nível internacional, nacional, regional ou local;
  • Fatores-chave e tendências que tenham impacto sobre os objetivos da organização;
  • Mercado de atuação, concorrentes, clientes, parceiros e etc. e
  • Percepções e valores das partes interessadas externas.

Estabelecer o contexto interno envolve o entendimento:

  • Das capacidades da organização em termos de recursos e conhecimento;
  • Dos fluxos de informação e processos de tomada de decisão;
  • Das partes interessadas internas;
  • Dos objetivos e das estratégias que estão em vigor;
  • Das percepções, valores e cultura;
  • Das políticas e processos;
  • De normas e modelos de referência adotados pela organização, e
  • Das estruturas (por exemplo, governança, papéis e responsabilizações)

Para auxiliar no diagnóstico completo sobre a empresa e o mercado na qual está inserida recomenda-se a ferramenta de gestão Análise SWOT. Ela permite a análise do ambiente interno, definido como aquele sobre o qual a empresa tem controle, determina as forças e fraquezas da organização; já a análise do ambiente externo, fatores sobre os quais a companhia não tem controle, define suas oportunidades e ameaças.

Quero saber mais sobre a Matriz de Análise SWOT

2. Identificação dos Requisitos Legais e Contratuais

No início do planejamento devem ser identificados e considerados os requisitos legais, normativos e contratuais, que podem ser afetados ou que possam afetar o processo de planejamento, assim como, as ações derivadas do planejamento.

Os requisitos legais são normas e leis impostas pela nossa legislação vigente, tanto na esfera municipal, estadual quanto federal, por meio de decretos, resoluções, leis, portarias, instruções normativas, e outros, que devem ser obrigatoriamente cumpridas.

Requisitos contratuais são as exigências e condições estabelecidas em contrato formal, que devem ser cumpridas sob pena ensejar em quebra de contrato. O planejamento, assim como, sua implementação e execução, devem estar em conformidade com os requisitos legais e contratuais aos quais a organização tiver compromisso e obrigação de cumprir.

3. Identificação dos Ativos

Ativo é qualquer componente que sustenta um ou mais processos de negócio da organização. Podem evolver: pessoas, instalações, equipamentos, maquinários, processos, informações, método, matéria prima e produto final. Os ativos críticos são aqueles considerados essenciais para a operação contínua da organização.

A identificação dos ativos críticos que necessitam de proteção é um passo fundamental para realização do planejamento de segurança.

O mapeamento dos Ativos Críticos deve ser realizado de acordo com a relevância para o negócio da organização. Este mapeamento é muito importância, exatamente para garantir que controles sejam aplicados em todos os recursos relevantes da organização. Para auxiliar na identificação e avaliação de ativos críticos da organização sugiro o uso da ferramenta BIA.

Análise de Impacto no Negócio (Business Impact Analysis — BIA permite ao gestor determinar e avaliar os potenciais efeitos que a ausência um determinado ativo crítico pode causar a operação da organização.

Quero saber mais sobre Análise de Impacto no Negócio – BIA

4. Identificação de Vulnerabilidades

Vulnerabilidade na segurança é qualquer deficiência ou fraqueza capaz de ser explorada por um adversário, que tem como objetivo atingir os ativos críticos de uma organização. Também pode ser chamada de falha ou fraqueza no sistema de segurança da organização.

Quando uma vulnerabilidade de segurança é explorada, vindo a comprometer de fato a segurança da organização, podemos dizer que ocorreu um incidente de segurança.

  • Vulnerabilidade de Planejamento – tem origem na ausência ou falhas de planejamento da segurança;
  • Vulnerabilidade Estrutural – refere-se a deficiência na estrutura da segurança, esta associada a alocação das pessoas, dos recursos materiais, dos recursos tecnológicos e dos recursos administrativos;
  • Vulnerabilidade de Segurança Física – refece-se a deficiência ou ausência de meios de segurança física de instalações adequados a necessidade da organização.

Quero saber mais sobre Vulnerabilidade de Segurança

5. Identificação de Ameaças

As ameaças de segurança , de acordo com as escolas americana e espanhola de segurança,  são qualquer indicação, circunstância ou evento com potencialidade de causar perdas ou danos a um ativo da organização. Ela se caracteriza e é expressa pela existência de uma  indicação, circunstância, evento ou individuo com potencial de causar perdas ou danos a organização.

As ameças internas são aquelas originadas por circunstância, eventos ou indivíduos pertencentes à organização.
ameças externas são aquelas originadas por circunstância, eventos ou indivíduos não pertencentes à organização.

Quero saber mais sobre Ameaças de Segurança

6. Avaliação de Riscos

A avaliação de riscos de segurança é o processo de identificação, análise e avaliação de riscos para entender os riscos, suas causas, consequências e probabilidades. O objetivo é gerar uma lista abrangente de ameaças e riscos que afetam a proteção das pessoas, informações e ativos da organização, e identificar as fontes, exposição e potenciais consequências dessas ameaças e riscos.

A organização deve avaliar e entender o nível de risco aceitável para que possa desenvolva uma estratégia de gestão de risco preventiva e eficaz que atenda às necessidades e expectativas de seu público interno e externo. Para tanto deve estabelecer, implementar e manter um processo formal e documentado de tratamento de riscos.

Uma vez que os eventos de risco já foram mensurados, torna-se necessária a definição das medidas de tratamento que serão implementadas para cada um deles, sendo que os tratamentos possíveis são: aceitar, mitigar, transferir, evitar.

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7. Desenvolvimento de Contramedidas de Segurança

Esta função está relacionada com a maneira pela qual os objetivos de segurança devem ser alcançados através da atividade das pessoas e da aplicação dos recursos que compõem a organização.

Com base nos dados coletados devem ser estudadas e desenvolvidas medidas de segurança capazes de controlar os riscos avaliados, da maneira mais eficiente, considerando também o custo dessas contramedidas em relação ao valor dos ativos a serem protegidos.

Ao selecionar contramedidas de segurança, é imperativo que se use uma abordagem sistemática. Ao padronizar o processo, os erros são menos prováveis ​​de ocorrer e mais cálculos precisos podem ser feitos. 

Uma contramedida de segurança é um controle de segurança de natureza gerencial, operacional ou técnica, prescrita para um sistema integrado de segurança.

Essas contramedida podem ser divididas em 3 tipos:

  • Medidas Administrativas – tem por objetivo criar controles administrativos (organizacionais) que complementam e suportam os controles técnicos e de segurança física. Exemplo: Políticas, programas e procedimentos de segurança, programas de conscientização e capacitação, etc.

Medidas Técnicas – refere-se ao emprego de sistema de eletrônicos de segurança, exemplo: sistemas de alarmes, sistema eletrônicos de controle de acesso.

Medidas de Segurança Física – visam prevenir, impedir e responder a acessos físicos não autorizados, danos e interferências nas instalações da empresa. Exemplo, podemos adotar: muros, alambrados, paredes, portas/portões, vigilantes, etc.

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8. Implementação e Execução

Refere-se a fase de por em prática o que foi planejado anteriormente. Está relacionado a alocação de recursos e operacionalização de politicas, procedimentos e instruções de trabalho.

A fase de implementação corresponde à execução das atividades necessárias para operacionalizar o plano de segurança aprovado Esta fase também inclui a implementação de políticas, procedimentos, instruções de trabalho. Envolve comunicação, divulgação, sensibilização, treinamento, testes e ajustes.

O processo de execução contempla todas as fases de execução, cada uma com suas peculiaridades

9. Monitoramento, Controle e Correções

O plano deve incluir medidas de monitoramento e controle escaláveis ​​para responder a aumentos ou diminuições no risco quando uma ameaça à entidade muda.

Para medir e monitorar o desempenho do planejamento de segurança um conjunto de indicadores de desempenho deve ser desenvolvido para medir o sistema de gestão e seus resultados (incluindo os impactos de suas operações de segurança). Os indicadores devem fornecer informações úteis para identificar tanto os sucessos quanto as áreas que requerem correção ou melhoria.

O controle tem a função de monitorar e garantir que o plano seja executado conforme planejado. E quando necessário ajustar ou aplicar ações corretivas. A correção do planejado, quando aplicável, é imprescindível,

10. Revisão do Planejamento de Segurança

O planejamento de segurança deve considerar como as práticas de gerenciamento de riscos de segurança serão projetadas, implementadas, monitoradas, revisadas e continuamente aprimoradas.

Um plano de segurança é um documento “vivo” e requer revisão e ajuste para garantir os objetivos e a gestão dos riscos de segurança acompanha as mudanças na entidade e as ameaças emergentes.

Anualmente uma análise crítica do planejamento de segurança deve ser feita para revisar a eficiência do plano. Dessa forma, evidencia-se os resultados obtidos, possibilitando que melhorias sejam aplicadas.

Sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano deve ser feita uma análise crítica do plano para avaliação de seu desenvolvimento e realização de ajustes necessários, e estabelecimento de novas metas e prioridades.

Sistema de Gestão de Segurança

O planejamento de segurança é um dos pilares de sustentação do Sistema de Gestão de Segurança (SGS), junto com a politica de segurança, procedimentos, programas e outros, forma o sistema administrativo que da sustentação a gestão da segurança.

O Sistema de Gestão de Segurança tem por objetivo planejar, organizar, padronizar, integrar, controlar e sistematizar, o gerenciamento da segurança da organização, visando obter resultados (bens ou serviços) com a participação de pessoas,.

O Sistema de Gestão de Segurança refere-se a sistemas abrangentes concebidos para gerenciar os processos e operações da segurança de uma organização. Tem por objetivo planejar, organizar, padronizar, integrar, controlar e sistematizar, o gerenciamento da segurança da organização, visando obter resultados (bens ou serviços) com a participação de pessoas.

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Sugiro a leitura dos artigos a seguir como forma de complementar o aprendizado desse artigo.

Gerenciamento de Segurança: O que é, Objetivos e Funções

Sistema de Gestão de Segurança: O que é, Objetivo e Estrutura

Departamento de Segurança: O que é, Funções e Responsabilidades

Dados para Citação Artigo

MARCONDES, José Sérgio (16 de junho de 2022). Planejamento de Segurança: O que é, Elementos, Como fazer. Disponível em Blog Gestão de Segurança Privada: – Acessado em (inserir data do acesso).

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Sobre o Autor

José Sergio Marcondes
José Sergio Marcondes

Certificações CES e CPSI - Especialista da área de segurança privada com experiência sólida na área. Gestor, Consultor e Diretor no IBRASEP. Ex-sargento do EB, com uma variedade de cursos de formação, graduação, especialização, capacitação, aprimoramento e aperfeiçoamento na área de segurança privada, segurança empresarial e gestão empresarial. Acumula mais de 30 anos de atuação na área da segurança privada, com resultados relevantes nas áreas operacionais, administrativas e comerciais.

2 Comentários

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  1. Olá Marcos Vasconcelos!
    Obrigado pelo seu comentário.
    Fico muito feliz em saber que os artigos estão sendo úteis para você e que estão contribuindo para desenvolvimento da sua equipe. Parabéns por compartilhar seu conhecimento com sua equipe, infelizmente poucos profissionais se preocupam ou valorizam e aprimoramento e crescimento da sua equipe.
    Forte abraço e sucesso.

  2. Muito bom os artigos do José Sérgio Marcondes, uma linguagem didática com simples compreensão, utilizo bastante para treinamento das equipes

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