Defesa em Profundidade Aplicada a Segurança Privada

Defesa em Profundidade, no contexto da segurança privada, se baseia na aplicação de diversivas camadas de segurança em torno do ativo a ser protegido. Visa dificultar e atrasar o ataque, garantindo assim, que o sistema de defesa tenha um intervalo maior de tempo para detectar o atacante e tomar as providências necessárias para bloquear sua intensão e realizar sua detenção.

Seu princípio básico é, separar o agressor potencial do ativo crítico, por meio de barreiras sucessivas de segurança, garantindo redundância de proteção, caso uma das camadas de proteção falhe ou apresente alguma vulnerabilidade, que possa ser eventualmente explorada por uma ameaça.

Por José Sérgio Marcondes

Índice do Conteúdo

1. Definição de Defesa em Profundidade

O Conceito de Defesa em Profundidade, no contexto da segurança privada, se baseia na aplicação de diversas camadas de segurança em torno do ativo a ser protegido.

Inicialmente conceituado para a indústria nuclear pela comissão reguladora nuclear dos Estados Unidos, este princípio vem sendo a base para o planejamento da segurança física em muitos países.

A defesa em profundidade é originalmente uma estratégia militar, que tenta atrasar o ataque, ao máximo. Assim, o atacante leva mais tempo para chegar ao alvo, garantindo que o sistema de defesa tenha um intervalo maior de tempo para detectar o atacante e tomar as providências necessárias.

Adaptando ao cenário da segurança privada, essa estratégia visa não apenas prevenir vulnerabilidades de segurança, mas garantir tempo à segurança da organização para detectar e responder ao ataque.

Defesa em profundidade é um conceito usado para proteger ativos e a vida através de múltiplos camadas de segurança, também chamadas de barreiras de segurança.

Se um invasor comprometer uma camada, ele ainda terá que penetrar no camadas adicionais para acessar o ativo protegido.

2. Objetivo da Defesa em Profundidade

O objetivo da defesa em profundida é reduzir a possibilidade de acesso ao (s) ativo (s) e aumentar a probabilidade aparente de que o crime não pode ser cometido com facilidade e de que seu autor poderá ser descoberto e detido.

Atua de forma :

1. Dissuadir a intenção criminosa;
2. Dificultar o acesso não autorizado;
3. Detectar violações das medidas de segurança;
4. Pronta Resposta as violações de segurança detectadas.

3. Princípios da Defesa em Profundidade

Para compensar possíveis vulnerabilidades a defesa em profundidade é implementada com base em níveis de proteção, de modo que, sucessivas barreiras de segurança previnam o acesso indesejado ao ativo protegido.

Seu princípio básico é, separar o agressor potencial do ativo crítico a ser protegido, por meio de várias barreiras de segurança. Pode ser entendido por meio de um modelo de múltiplas barreiras de segurança ao longo do trajeto até o ativo protegido.

A funcionalidade da defesa em profundidade (em camadas) garante redundância de proteção caso uma das camadas de proteção falhe ou apresente alguma vulnerabilidade, que possa ser eventualmente explorada por uma ameaça.

4. Conceitos sobre Camadas de Segurança

As camadas de segurança, também chamada de barreiras de segurança, são meios físicos e/ou não físicos planejados para prevenir, dificultar, dissuadir, detectar, responder, controlar, ou mitigar eventos indesejados intencionais ou acidentais.

No que se refere aos riscos as barreiras de segurança visam:

• Prevenir – significa reduzir a probabilidade de um evento indesejável ocorrer;
• Controlar – significa limitar a extensão e/ou duração de um evento indesejável.;
• Mitigar – significa minimizar os efeitos provocados pelo evento indesejável.

Os eventos indesejáveis podem ser oriundos de falhas técnicas, erros ou atos humanos indesejáveis, eventos externos, ou uma combinação destas ocorrências que podem provocar riscos potenciais.

Os meios utilizados como barreira de segurança podem ser desde uma medida organizacional, técnica ou humana simples até um sistema integrado de segurança mais complexo.

Um sistema integrado de segurança refere-se conjunto de recursos de segurança projetado e implementado para realizar uma ou mais funções de segurança.

Pode ser formado por políticas, nomas, procedimentos, hardwares, softwares, sistemas eletrônicos e atividades humanos combinados.

2.1 Função das Camadas de Segurança:

A implementação da defesa em profundidade é assim realizada por diversas e sucessivas barreiras de segurança destinadas a:

• Prevenir a ocorrência de crimes por meio a dissuasão e dificultação do acesso ao ativo protegido;
• Detectar e dar alarme sobre possíveis tentativas de acessos não autorizados, em sua fase inicial;
• Mitigar ou conter as consequências de tentativas de acesso ao ativo não autorizadas, por meio de medidas de pronta resposta.

4.1 Exemplos de Camadas de Segurança:

• Políticas, normas e procedimentos de segurança;
• Código de conduta;
• Protocolos e senhas;
• Barreiras Físicas;
• Sistema eletrônicos de segurança;
• Equipe de vigilância patrimonial;
• Planos de pronta resposta e plano de continuidade dos negócios (PCN).

5. Conclusão

A defesa em profundidade se baseia na aplicação de camadas de segurança em torno do bem a ser protegido.

Ela visa dissuadir, dificultar, dectectar e resonder a uma ataque adversário.originalmente uma estratégia militar, que tenta atrasar o ataque, ao máximo.

Seu princípio básico é, separar o agressor potencial do ativo crítico a ser protegido, por meio das barreiras de segurança.

Um bom exemplo do emprego da teoria da defesa em profundida é a Prevenção do Crime Pela Eliminação da Oportunidade, onde os esforços de prevenção são concentrados na redução da possibilidade de acesso ao ativo crítico e na probabilidade aparente de sucesso de sucesso do autor do crime.

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José Sérgio Marcondes

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7. Dados para citação em trabalhos

MARCONDES, José Sérgio (06 de janeiro de 2020). Defesa em Profundidade Aplicada a Segurança Privada. Disponível em Blog Gestão de Segurança Privada: https://gestaodesegurancaprivada.com.br/defesa-em-profundidade-aplicada-a-seguranca-privada – Acessado em (inserir data do acesso).

8. Referencias Bibliográficas

Departamento Of The Navy U.S. – Marine Corps Physical Security Program Manual- 2009.

Johnson, Rob – Para Ganhar a Guerra – As 25 Melhores Táticas de Todos Os Tempos – Nova Ortografia – ZAHAR -2012

CLARKE, Ronald (ed.). (1997), Situational crime prevention. Albany, NY, Harrow and Heston, Publishers.