A teoria da equidade é uma das teorias da motivação, ela foi proposta por John Stacy Adams em 1963, foi criada com base nos conceitos que o indivíduo tem sobre seu trabalho, se sentindo mais ou menos motivado á medida que percebe, ou não, a presença da justiça e da igualdade nas relações de trabalho.

Essa teoria reforça as afirmações de McGregor de que o indivíduo que se sente bem no trabalho fica motivado e que factores ambientais apropriados podem produzir indivíduos criativos e responsáveis.

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De acordo com essa teoria os funcionários fazem comparações entre o seu trabalho – as entradas (esforço, experiência, educação, competência) e os resultados obtidos (remuneração, aumentos, reconhecimento) – e as entradas e resultados dos outros. Quando eles percebem que as relações são desiguais, eles experimentam uma tensão de equidade. Esse estado de tensão negativa oferece motivação para uma ação corretora.

O que é Motivação?

Como a Teoria da Equidade de Adams está relacionada diretamente com a motivação humana, acho importante fazer uma pequena introdução sobre a motivação de forma a permitir sua conexão com a teoria abordado neste post.

A motivação é uma força interna, que se encontra dentro de cada um de nós, nasce das nossas necessidades e desejos. Pode ser definida como aquilo que é susceptível de mover o indivíduo numa direção. É o que faz o indivíduo agir para atingir algo que ele considere importante para ele ou para causa de defende.
A motivação é considerada um condição indispensável para que os empregados executem suas atribuições de forma satisfatórias nas organizações.

Devido a sua importância no ambiente profissional, a motivação despertou o interesse de diversos estudiosos interessados em desvendar as causas (os fatores) geradores da motivação humana.

Os estudos e pesquisa neste área do comportamento humano, buscam compreender como se dá o desencadeamento de determinados comportamentos nas pessoas, e quais fatores iniciam e potencializam esses comportamentos.

Neste contexto surgiam diversas teorias motivacionais, que são suposições teóricas baseadas em resultados de estudo e pesquisa sobre a motivação humana, fazem parte desse grupo de teorias a Teoria da Equidade de Adams e G. C. Homans, objeto deste artigo.

Escrito por José Sérgio Marcondes
Postado 19/08/2021

O que é Teoria da Equidade?

A teoria da equidade é uma das teorias da motivação, ela foi proposta por John Stacy Adams em 1963, foi criada com base nos conceitos que o indivíduo tem sobre seu trabalho, se sentindo mais ou menos motivado á medida que percebe, ou não, a presença da justiça e da igualdade nas relações de trabalho.

A Teoria da Equidade supõe que os empregados de um empresa avaliam constantemente os benefícios que possuem, como salários, promoções, oportunidades de crescimento, entre outros, e comparam às suas próprias competências e resultados dos seus trabalhos.

Ao realizarem esta avaliação, eles equiparam os seus benefícios, competências e resultados aos de colegas de trabalho que desempenham funções similares às suas. Com isso, a intenção destes profissionais é compreender se eles estão em nível de igualdade, em termos de benefícios e competências, com estes outros colaboradores ou não.

Esta teoria sugere que as pessoas são motivadas ao alcance de uma condição de igualdade e de justiça nas relações com os outros e com as organizações. Se um funcionário se encontra em situação de desigualdade surge então a insatisfação e o estresse emocional. Esta tensão emocional e insatisfação eles tentarão reduzir. Diz-se então que qualquer diferença percebida em relação aos outros resulta em estado de consciência motivador.

De acordo com o autor da teoria, o colaborador, ao realizar a análise acima, pode considerar que existe uma relação justa entre os benefícios que recebe e que os demais colaboradores também recebem, ou pode enxergar que existem desajustes, acarretando, assim em uma tensão de equidade, e possível queda na motivação.

Teoria da Equidade Comparações Existentes

A teoria da equidade pressupõe que os indivíduos não se preocupam apenas com a quantidade absoluta de recompensas que recebem pelos seus esforços, mas também com a relação de suas recompensas em comparação com as dos outros, sendo que se houver algum tipo de disparidade nesta relação eles poderão se sentir desmotivados.

Em uma situação em que se sinta mal remunerado por seus esforços, a motivação para trabalhar e aumentar os resultados é minimizada. Essa teoria reforça as afirmações de McGregor de que o indivíduo que se sente bem no trabalho fica motivado e que fatores ambientais apropriados podem produzir indivíduos criativos e responsáveis.

As pessoas costumam avaliar seus esforços e resultados e compará-los com os de outras pessoas, buscando visualizar a equidade entre o reconhecimento das atividades. Segundo Robbins (2010, p. 213) “O ponto de referencia escolhido pelo funcionário aumenta a complexidade da Teoria da equidade.” Existem quatro pontos de referencia que podem ser usados na comparação:

  1. Próprio interno: as experiências do funcionário em outra posição dentro da mesma empresa.
  2. Próprio externo: as experiências do funcionário em uma situação ou posição fora de sua empresa atual.
  3. Outro interno: outra pessoa ou grupo da mesma empresa.
  4. Outro externo: outra pessoa ou grupo de fora da empresa.

Os funcionários podem se comparar a amigos, vizinhos, colegas da mesma empresa ou de outras, ou comparar seu emprego atual com os antigos que já tiveram. Pesquisas mostram que homens e mulheres costumam se comparar com pessoas do mesmo sexo.

Variáveis Moderadoras Teoria da Equidade

Robbins (2010) afirma que há quatro variáveis moderadoras para equidade: gênero, tempo de emprego, nível hierárquico na organização e bagagem educacional ou profissional. Robbins, (2004, p.54).

“A teoria da equidade reconhece que as pessoas não estão preocupadas apenas com quantidade total de recompensa que recebem por seus esforços, mas também com a relação existente entre essa quantidade e aquela recebida pelos outros”.

Quando um funcionário percebe que os reconhecimentos são desiguais, isto gera tensão, o que vai provocar nele uma vontade de lutar por aquilo que considera justo. Abaixo tabela que ilustra a equidade e a iniquidade do ponto de vista do trabalhador:

Teoria da Equidade e os efeitos da injustiça

Robbins (2002) afirma que, de acordo com a teoria da equidade, quando o trabalhador percebe uma injustiça, espera-se que ele faça uma destas seis escolhas:

  1. “Modificar suas entradas (fazer menos esforço)
  2. Modificar seus resultados (por exemplo, funcionários que recebem por peça produzida podem aumentar seus rendimentos produzindo mais peças com menos qualidade)
  3. Distorcer sua auto-imagem (por exemplo: “eu achava que trabalhava em um ritmo moderado, mas agora percebo que trabalho muito mais do que os outros”)
  4. Distorcer a imagem dos outros (por exemplo: “o trabalho do Paulo não é tão interessante quanto
    pensei que fosse”).
  5. Buscar outro ponto de referência (por exemplo: “posso não estar ganhando tão bem quanto meu cunhado, mas certamente mais do que meu pai ganhava quando tinha minha idade.”)
  6. Abandonar da organização (por exemplo, deixar o cargo)”

Em termos organizacionais, a Teoria da Equidade tem forte relação com a remuneração e a distribuição de vantagens ou reconhecimento entre seus funcionários. Estes processos, se não forem bem conduzidos podem minar o clima social da organização, contribuindo para a criação de um ambiente de trabalho onde haja percepção de injustiça e consequentemente sem estímulos para a motivação para o trabalho.

Pressupostos da Teoria da Equidade Stacy Adams

Os estudos realizados por John Stacy Adams identificou que os funcionários fazem comparações entre o seu trabalho – as entradas (esforço, experiência, educação, competência) e os resultados obtidos (remuneração, aumentos, reconhecimento) – e as entradas e resultados dos outros. Quando eles percebem que as relações são desiguais, eles experimentam uma tensão de equidade. Esse estado de tensão negativa oferece motivação para uma ação corretora.

Conforme propõe Adams (apud BERGAMINI,1997), aqueles que contribuem mais para uma organização também esperam receber mais em termos de recompensa. Nesse sentido, a teoria da equidade fornece orientações úteis para que se possa compreender os diferentes tipos de relacionamento social no ambiente de trabalho. Ela se baseia essencialmente na comparação, implicando necessariamente na existência de um ponto de referência para que esta comparação seja realizada.


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Forte abraço e sucesso!
José Sérgio Marcondes – CES
Especialista em Segurança Empresarial
Consultor em Segurança Privada
CEO/Diretor do IBRASEP

Indicação de Artigos Complementares

Sugiro a leitura dos artigos a seguir como forma de complementar o aprendizado desse artigo.

Motivação: O que é, Definição, Conceito, Quais são os Tipos, Importância

Teoria ERG (ERC) de Alderfer: O que é? Em Que consiste a Teoria ERG

Teoria dos Dois Fatores de Herzberg: Fatores Higiênicos e Motivacionais

Teoria X e Teoria Y de Douglas McGregor: O que são? Suposições

Hierarquia de Necessidades de Maslow: O que? Como Funciona

Dados para Citação Artigo

MARCONDES, José Sérgio (19 de agosto de 2021). Teoria da Equidade de Adams e G. C. Homans: O que é? O que Diz? Disponível em Blog Gestão de Segurança Privada: https://gestaodesegurancaprivada.com.br/teoria-da-equidade-de-adams-e-g-c-homans-o-que-e-o-que-diz/ – Acessado em (inserir data do acesso).

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Sobre o Autor

Autor José Sergio Marcondes

Graduado em Gestão de Segurança Privada, MBA em Gestão Empresarial e Segurança Corporativa. Detentor das Certificações CES (Certificado de Especialista em Segurança Empresarial), CPSI (Certificado Profesional en Seguridad Internacional), CISI (Certificado de Consultor Internacional en Seguridad Integral, Gestión de Riesgos y Prevención de Pérdidas). Mais de 30 anos de experiência na área de segurança privada. Consultor e diretor do IBRASEP, trazendo uma notável expertise em segurança, além de possuir sólidos conhecimentos nas áreas de gestão empresarial.

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