O Plano de Segurança Orgânica, também conhecido como PSO, é um documento elaborado e implementado por organizações que mantêm seu próprio Departamento de Segurança. Esse plano tem como objetivo estabelecer as diretrizes e procedimentos que a organização deve seguir para garantir a segurança de seus ativos, instalações, pessoal e informações.

A segurança nunca foi tão crucial nas organizações como nos dias atuais. Diante de um cenário marcado por desafios complexos e ameaças em constante evolução, as empresas e instituições públicas necessitam adotar abordagens proativas para proteger seus ativos sensíveis. Nesse contexto, o Plano de Segurança Orgânica emerge como uma ferramenta estratégica que transcende a simples gestão de riscos, promovendo uma cultura de segurança sólida e adaptável.

Este artigo explora o universo do Plano de Segurança Orgânica, destacando sua importância, elementos essenciais, etapas de criação e os benefícios tangíveis que ele oferece às organizações. Demonstraremos como esse plano se tornou uma pedra angular da segurança orgânica moderna, capacitando as organizações a enfrentar desafios variados, desde ameaças físicas até emergências naturais, com confiança e resiliência.

Ao se dedicarem à leitura deste artigo, os leitores serão munidos com o conhecimento necessário para compreender o valor intrínseco de um Plano de Segurança Orgânica bem elaborado e sua capacidade de fortalecer a proteção das organizações.

Por José Sergio Marcondes – Postado 04/09/2023

O que é um Plano de Segurança Orgânica?

O Plano de Segurança Orgânica, também conhecido como PSO, é um documento elaborado e implementado por organizações que mantêm seu próprio Departamento de Segurança. Esse plano tem como objetivo estabelecer as diretrizes e procedimentos que a organização deve seguir para garantir a segurança de seus ativos, instalações, pessoal e informações.

O Plano de Segurança Orgânica é uma ferramenta fundamental para a gestão da segurança orgânica de uma organização e serve como um guia que define como a segurança será mantida e operada de forma eficaz na instituição.

Qual é o Objetivo do Plano de Segurança Orgânica?

O objetivo principal de um Plano de Segurança Orgânica é estabelecer diretrizes e procedimentos que a organização deve seguir para garantir a segurança de seus ativos, instalações, pessoal e informações, e a continuidade das suas operações.

Dentre seus objetivos secundários estão:

  1. Identificar e avaliar os riscos e ameaças que podem afetar a organização.
  2. Estabelecer medidas e estratégias de segurança para prevenir, dissuadir, detectar e responder a esses riscos e ameaças.
  3. Garantir a integridade, segurança e bem-estar das pessoas que fazem parte da organização.
  4. Proteger os ativos, instalações e informações confidenciais da organização.
  5. Minimizar os impactos de incidentes de segurança e crises.
  6. Assegurar o cumprimento das regulamentações e leis relacionadas à segurança.

Principais elementos de um Plano de Segurança Orgânica

A seguir os principais componentes e elementos que um Plano de Segurança Orgânica geralmente abrange:

  • Objetivos de Segurança: Define os objetivos e matas de segurança da organização, ou seja, o que a organização deseja alcançar em termos de segurança de seus ativos e pessoal.
  • Estrutura Organizacional: Descreve a estrutura do departamento de segurança orgânica, incluindo as funções e responsabilidades de cada membro da equipe de segurança.
  • Avaliação de Riscos: Define o programa de avaliação de riscos de segurança, ou seja, como a organização vai identificar e avaliar os riscos específicos aos quais ela está sujeita, incluindo ameaças potenciais e vulnerabilidades de segurança
  • Políticas de Segurança: Estabelece a política de segurança da organização, que orienta as práticas, diretrizes e procedimentos de segurança que devem ser seguidas por todos na organização.
  • Procedimentos de Segurança: Os procedimentos de segurança descrevem e orientam o modo de agir ou de se comportar numa determinada atividade, situação ou condição, que se relaciona com a segurança da instituição.
  • Treinamento e Conscientização: Aborda o treinamento necessário para a equipe de segurança e outros funcionários em práticas de segurança, bem como programas de conscientização em segurança.
  • Gestão de Acessos: Detalha como o controle de acesso será realizado, incluindo o uso de portaria de acesso, credenciais, senhas de segurança, sistemas de fechaduras, entre outros.
  • Tecnologia de Segurança: Especifica quais tecnologias de segurança serão usadas, como sistemas de alarme, câmeras de vigilância, detecção de intrusos, sistemas de controle de acesso, entre outros.
  • Gestão de Crises e Planos de Contingência: Desenvolve planos de contingência para lidar com situações de emergência, crises e desastres naturais, incluindo a designação de funções e responsabilidades durante esses eventos.
  • Auditorias e Revisões: Define como as auditorias de segurança serão conduzidas para avaliar a conformidade com as políticas e procedimentos de segurança e como as revisões periódicas serão realizadas para manter o PSO atualizado.
  • Comunicação em Situações de Crise: Especifica como a comunicação interna e externa será tratada durante uma situação de crise ou emergência.
  • Orçamento e Recursos: Inclui uma seção sobre como o orçamento e os recursos serão alocados para apoiar as operações de segurança orgânica.
  • Revisão e Atualização: Estabelece um processo de revisão e atualização contínua do PSO para garantir que ele permaneça eficaz e relevante.

Para que serve um Plano de Segurança Orgânica?

O Plano de Segurança Orgânica é projetado para proteger os ativos da organização, incluindo instalações, recursos financeiros e informações confidenciais. Além disso, ele visa garantir a segurança do pessoal da organização, colaboradores, clientes e visitantes.

O PSP identifica e avalia os riscos específicos que a organização enfrenta, incluindo ameaças potenciais e vulnerabilidades. Com base nessa avaliação, o PSO desenvolve estratégias e medidas para prevenir, mitigar e responder a essas ameaças.

Além disso, o PSO estabelece planos de contingência e procedimentos de resposta a situações de emergência, como incêndios, evacuações, desastres naturais e ameaças à segurança. Isso ajuda a manter a segurança e o bem-estar das pessoas em situações críticas.

Em resumo, um Plano de Segurança Orgânica serve como um guia abrangente e estruturado para a gestão da segurança interna de uma organização. Ele tem como objetivo principal criar um ambiente seguro, proteger ativos e pessoal, cumprir regulamentações legais e garantir a continuidade das operações.

Qual é a importância de ter um Plano de Segurança Orgânica?

A importância de ter um Plano de Segurança Orgânica (PSO) é significativa para qualquer organização que busque proteger seus ativos, pessoal e reputação. Aqui estão algumas das principais razões que destacam a importância do PSO:

  • Proteção de Ativos: O PSO ajuda a proteger os ativos da organização, incluindo instalações, recursos financeiros e informações confidenciais. Isso é crucial para garantir a continuidade das operações e a integridade financeira da organização.
  • Segurança do Pessoal: Garante a segurança e o bem-estar de funcionários, colaboradores, clientes e visitantes da organização. Isso cria um ambiente seguro e promove a confiança entre todas as partes envolvidas.
  • Prevenção de Riscos: Identifica e avalia riscos específicos que a organização enfrenta, permitindo a implementação de medidas preventivas para reduzir a probabilidade de ocorrência de incidentes de segurança.
  • Resposta a Emergências: Estabelece planos de contingência para situações de emergência, garantindo que a organização saiba como reagir a eventos críticos, como incêndios, desastres naturais e ameaças à segurança.
  • Treinamento e Conscientização: Estabelece programas de treinamento em segurança que aumentam a conscientização dos funcionários sobre práticas seguras e promovem a cultura de segurança na organização.
  • Integração de Departamentos: Facilita a colaboração entre o departamento de segurança orgânica e outros setores da organização, garantindo que a segurança seja considerada em todas as operações.
  • Gestão de Recursos: Define como os recursos, incluindo pessoal e tecnologia de segurança, serão alocados e gerenciados para atender às necessidades de segurança da organização de forma eficiente.
  • Auditoria e Melhoria Contínua: Permite a avaliação regular das políticas e procedimentos de segurança por meio de auditorias internas, garantindo que o PSO permaneça eficaz e atualizado.

Quais são os erros comuns a serem evitados ao criar um Plano de Segurança Orgânica?

A criação de um Plano de Segurança Orgânica é uma tarefa crítica e sensível, e existem alguns erros comuns que as organizações devem evitar ao elaborar esse plano. A seguir alguns dos erros mais comuns a serem evitados:

  • Falta de Avaliação de Riscos Adequada: Não realizar uma avaliação completa e precisa dos riscos que a organização enfrenta é um erro grave. Um PSO deve ser baseado em uma compreensão sólida das ameaças específicas à organização.
  • Ignorar a Colaboração: Não envolver todas as partes interessadas relevantes na elaboração do PSO pode resultar em lacunas na segurança. É importante incluir representantes de diferentes departamentos e níveis hierárquicos.
  • Falta de Conformidade Legal: Não levar em consideração as leis e regulamentos de segurança aplicáveis à organização pode resultar em problemas legais. É essencial garantir que o PSO esteja em conformidade com os requisitos legais.
  • Negligenciar a Comunicação e Treinamento: Não incluir planos de comunicação eficaz e treinamento para funcionários pode levar a falhas na implementação do PSO. Os funcionários devem estar cientes das políticas de segurança e saber como agir em situações de emergência.
  • Falta de Atualização: Não manter o PSO atualizado é um erro comum. As ameaças e as operações da organização podem mudar ao longo do tempo, e o plano deve ser revisado regularmente para refletir essas mudanças.
  • Complexidade Excessiva: Criar um PSO excessivamente complexo pode torná-lo difícil de entender e implementar. Um plano de segurança deve ser claro e prático.
  • Subestimar a Importância da Cultura de Segurança: Ignorar a importância de uma cultura de segurança forte é um erro comum. A segurança não é apenas uma questão de políticas e procedimentos, mas também de atitudes e comportamentos dos funcionários.
  • Não Testar o Plano: Não realizar testes de segurança e simulações de incidentes é um erro. É importante verificar se o PSO funciona na prática e fazer ajustes com base nos resultados dos testes.
  • Falta de Flexibilidade: Criar um PSO muito rígido e inflexível pode ser um erro. A segurança deve ser adaptável às mudanças nas ameaças e nas operações da organização.
Plano de Segurança Orgânica

Quais são os Elementos Essenciais de um Plano de Segurança Orgânica?

Um Plano de Segurança Orgânica é um documento abrangente que aborda todas as facetas da segurança de uma organização. Os elementos essenciais de um PSO podem variar dependendo das necessidades específicas da organização, mas geralmente incluem os seguintes componentes:

  1. Introdução e Objetivos: Uma introdução que define o propósito do PSO e os objetivos gerais da segurança da organização.
  2. Escopo e Aplicabilidade: Esclarece quais áreas, departamentos ou instalações da organização são cobertos pelo PSO e a quem se destina.
  3. Avaliação de Riscos: Uma análise detalhada dos riscos enfrentados pela organização, identificando ameaças específicas, vulnerabilidades e impactos potenciais.
  4. Políticas de Segurança: Declarações claras das políticas de segurança que a organização adota, incluindo diretrizes gerais de segurança, responsabilidades dos funcionários e conformidade legal.
  5. Procedimentos de Segurança: Instruções passo a passo sobre como implementar as políticas de segurança, incluindo procedimentos para lidar com situações de emergência.
  6. Medidas de Segurança Física: Detalhes sobre as medidas segurança física, como controle de acesso, vigilância, sistemas de alarme, iluminação, cercas e segurança de instalações.
  7. Segurança de Recursos Humanos: Procedimentos para verificação de antecedentes, treinamento de funcionários, políticas de uso aceitável e medidas para prevenir ameaças internas.
  8. Comunicação de Emergência: Planos de comunicação de emergência, incluindo contatos de emergência, procedimentos de notificação e sistemas de alerta.
  9. Testes e Exercícios: Um cronograma para testes regulares de segurança e exercícios de simulação de incidentes para garantir que o PSO funcione na prática.
  10. Treinamento e Conscientização: Programas de treinamento para funcionários sobre políticas e procedimentos de segurança e conscientização sobre segurança.
  11. Gestão de Crises: Planos para lidar com situações de crise, incluindo procedimentos de resposta a emergências, evacuações e comunicação com partes interessadas.
  12. Monitoramento e Auditoria: Métodos para monitorar e avaliar a eficácia do PSO e realizar auditorias de segurança regulares.
  13. Manutenção e Atualização: Procedimentos para a manutenção contínua do PSO, incluindo revisões regulares para refletir mudanças nas ameaças e operações da organização.
  14. Documentação: Todos os documentos relacionados ao PSO, incluindo registros de treinamento, incidentes de segurança e resultados de auditorias.
  15. Responsabilidades: Definição clara das responsabilidades de cada pessoa ou departamento envolvido na implementação do PSO.
  16. Anexos: Qualquer documentação adicional, como mapas de instalações, listas de contatos de emergência e referências a regulamentos legais.
  17. Revisão e Aprovação: Procedimentos para revisão e aprovação do PSO, incluindo identificação de responsáveis pela revisão e atualização.

Dicas essências para elaborar um plano de segurança orgânica eficaz:

  • Obtenha a participação de todos os stakeholders na organização, incluindo a alta administração e os funcionários.
  • Utilize uma metodologia de planejamento de segurança reconhecida.
  • Incorpore princípios de segurança holística, que consideram todos os aspectos da organização.
  • Faça uma auditoria de segurança para identificar e corrigir quaisquer vulnerabilidades.
  • Teste o plano regularmente para garantir que ele esteja funcionando conforme o esperado.
  • A elaboração de um plano de segurança orgânica é um investimento importante para qualquer organização. Ele pode ajudar a proteger os ativos da organização e a prevenir incidentes de segurança.

Conclusão

No panorama atual, onde a segurança é uma prioridade inegociável, o Plano de Segurança Orgânica se destaca como um aliado indispensável para as organizações que buscam proteger seu patrimônio, recursos e reputação. Conforme exploramos ao longo deste artigo, este plano não se limita a um documento estático, mas é um processo dinâmico que impulsiona a cultura de segurança de uma organização.

Em um mundo caracterizado por ameaças cada vez mais sofisticadas e imprevisíveis, o Plano de Segurança Orgânica capacita as empresas e instituições a enfrentar desafios diversos com confiança e resiliência. Ele não apenas estabelece diretrizes e procedimentos, mas também promove a conscientização, o treinamento e a colaboração de todos os membros da organização, tornando a segurança uma responsabilidade compartilhada.

Ao implementar um Plano de Segurança Orgânica eficaz, as organizações podem não apenas minimizar os riscos, mas também maximizar seu potencial de sucesso. A segurança deixa de ser apenas uma medida reativa e se torna uma parte integrante da estratégia organizacional, fortalecendo a confiança de clientes, parceiros e colaboradores.

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José Sergio Marcondes – CES – CPSI – Gestor, Consultor e Diretor do IBRASEP. Sou um profissional com competências sólidas nas áreas de segurança privada e gestão empresarial. Conecte comigo nas redes sociais.

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Dados para Citação Artigo

MARCONDES, José Sergio (05 de setembro de 2023). Plano de Segurança Orgânica. O que é? Elementos fundamentais. Disponível em Blog Gestão de Segurança Privada: https://gestaodesegurancaprivada.com.br/ plano-de-seguranca-organica-conceito-elementos/ Acessado em (inserir data do acesso).

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Sobre o Autor

Autor José Sergio Marcondes

Graduado em Gestão de Segurança Privada, MBA em Gestão Empresarial e Segurança Corporativa. Detentor das Certificações CES (Certificado de Especialista em Segurança Empresarial), CPSI (Certificado Profesional en Seguridad Internacional), CISI (Certificado de Consultor Internacional en Seguridad Integral, Gestión de Riesgos y Prevención de Pérdidas). Mais de 30 anos de experiência na área de segurança privada. Consultor e diretor do IBRASEP, trazendo uma notável expertise em segurança, além de possuir sólidos conhecimentos nas áreas de gestão empresarial.

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