MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
1. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO

Métodos de extinção do fogo são os processo racionais e seguros utilizados/praticados com o objetivo de se  se controlar ou extinguir um fogo não desejado, de forma a preservar a vida e os bens materiais envolvidos.

Os métodos de extinção do fogo levam em consideração a teoria básica do fogo, onde concluímos que, o fogo só existe quando estão presentes, em proporções ideais, o combustível, o comburente e o calor, reagindo em cadeia.

Com base  nesses conhecimentos, concluímos que, quebrando a reação em cadeia e isolando um dos elementos do fogo, teremos interrupção da combustão.

Destes pressupostos, retiramos os métodos de extinção do fogo: extinção por resfriamento, extinção por  abafamento, extinção por isolamento e extinção química.

1.1 EXTINÇÃO POR RESFRIAMENTO

Este métodos de extinção do  fogo consiste na diminuição da temperatura e, consequentemente, na diminuição do calor.

O objetivo é fazer com que o combustível não gere mais gases e vapores e, finalmente, se apague.

O agente resfriador mais comum e mais utilizado é a água.

1.2 EXTINÇÃO POR ABAFAMENTO

Este métodos de extinção do  fogo consiste em impedir que o COMBURENTE (geralmente o oxigênio), permaneça em contato com o combustível, numa porcentagem ideal para a alimentação da combustão.

Para as combustões alimentadas pelo oxigênio, no momento em que a quantidade deste gás no ar atmosférico se encontrar abaixo da proporção de aproximadamente 16%, a combustão deixará de existir.

Para combater incêndios por abafamento podem ser usados os mais diversos materiais, desde que esse
material impeça a entrada de oxigênio no fogo e não sirva como combustível por um determinado tempo.

1.3 EXTINÇÃO ISOLAMENTO

O  métodos de extinção do  fogo por isolamento visa atuar na retirada do COMBUSTÍVEL da reação.

Existem duas técnicas que contemplam esse método:

  • através da retirada do material que está queimando;
  • através da retirada do material que está próximo ao fogo e que deverá entrar em combustão por meio de um dos métodos de propagação.

1.4 EXTINÇÃO QUÍMICA

O processo da extinção química visa a combinação de um agente químico específico com a mistura inflamável (vapores liberados do combustível e comburente), a fim de tornar essa mistura não inflamável.

Logo, esse, método não atua diretamente num elemento do fogo, e sim na reação em cadeia como um todo.

2.1 CLASSES DE INCÊNDIO

Para se combater um incêndio usando os métodos adequados (extinção rápida e segura), há a necessidade de
entendermos quais são as características que definem os combustíveis.

Existem cinco classes de combustíveis reconhecidas pelos maiores órgãos voltados ao estudo do tema, sendo elas:

Classe A – sólidos combustíveis;

Classe B – líquidos e gases combustíveis;

Classe C – materiais energizados;

Classe D – metais pirofóricos; e

classe K – óleos e gorduras.

Já se fala também em uma nova classe, a Classe E, que representa os materiais químicos e radioativos.

Como essa nova classe ainda não é reconhecida internacionalmente, não nos aprofundaremos nela.

2.1 INCÊNDIO CLASSE A

Definição: são os incêndios ocorridos em materiais fibrosos ou combustíveis sólidos.

Características: queimam em razão do seu volume, isto é, em superfície e profundidade.

Esse tipo de combustível deixa resíduos (cinzas ou brasas).

Exemplos: madeira, papel, borracha, cereais, tecidos etc.

Extinção: geralmente o incêndio nesse tipo de material é apagado por resfriamento.

2.2 INCÊNDIO CLASSE B

Definição: são os incêndios ocorridos em combustíveis líquidos ou gases combustíveis.

Características: a queima é feita através da sua superfície e não deixa resíduos.

Exemplos: GLP, óleos, gasolina, éter, butano etc.

Extinção: por abafamento.

2.3 INCÊNDIO CLASSE C

Definição: são os incêndios ocorridos em materiais energizados.

Características: oferecem alto risco à vida na ação de combate, pela presença de eletricidade.

Quando desconectamos o equipamento da sua fonte de energia, se não houver nenhuma bateria interna ou dispositivo que mantenha energia, podemos tratar como incêndio em classe A ou classe B.

Exemplos: transformadores, motores, interruptores etc.

Extinção: agentes extintores que não conduzam eletricidade, ficando vedados a água e o gás carbônico.

2.4 INCÊNDIO CLASSE D

Definição: são os incêndios ocorridos em metais pirofóricos.

Características: irradiam uma forte luz e são muito difíceis de serem apagados.

Exemplos: rodas de magnésio, potássio, alumínio em pó, titânio, sódio etc.

Extinção: através do abafamento, não devendo nunca ser usado água ou espuma para a extinção desse tipo de incêndio.

2.5 INCÊNDIO CLASSE K

Definição: são os incêndios em banha, gordura e óleos voltados ao cozimento de alimentos.

Características: é uma classe de muita periculosidade, ao passo que o trato de banha, gordura e óleos é bastante comum nas cozinhas residenciais e industriais.

Exemplos: incêndios em cozinhas quando a banha, a gordura e os óleos são aquecidos.

Extinção: JAMAIS TENTAR COMBATER COM ÁGUA.

Essa classe reage perigosamente com água, gerando explosões e ferindo quem estiver próximo.

O método mais indicado de combater o incêndio nessa classe é através do abafamento.

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José Sergio Marcondes – CES – CPSI – Gestor, Consultor e Diretor do IBRASEP. Sou um profissional com competências sólidas nas áreas de segurança privada e gestão empresarial. Conecte comigo nas redes sociais.

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3. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BRASIL-PARANÁ-COORDENADORIA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL (2013). MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO.2

Bombeiros SP, C. d. (s.INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 02/2011 Conceitos básicos de segurança contra incêndio. Acesso em 25 de 10 de 2017, disponível em Corpo de Bombeiros POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO.

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Sobre o Autor

Autor José Sergio Marcondes

Graduado em Gestão de Segurança Privada, MBA em Gestão Empresarial e Segurança Corporativa. Detentor das Certificações CES (Certificado de Especialista em Segurança Empresarial), CPSI (Certificado Profesional en Seguridad Internacional), CISI (Certificado de Consultor Internacional en Seguridad Integral, Gestión de Riesgos y Prevención de Pérdidas). Mais de 30 anos de experiência na área de segurança privada. Consultor e diretor do IBRASEP, trazendo uma notável expertise em segurança, além de possuir sólidos conhecimentos nas áreas de gestão empresarial.

6 Comentários

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  1. Olá Franciely!
    Obrigado pelo sua colaboração, com certeza irá tornar o artigo mais preciso.
    Forte abraço e sucesso.

  2. Bem informativo.
    Só uma observação, o CO2 ainda é o agente extintor mais utilizado para princípios de incêndios classe C materiais energizados, pois ele não conduz corrente elétrica. Na sua explicação acima ficou parecendo que é vedado o uso do gás carbonico para classe C.

  3. Olá Laurindo!
    Obrigado pelo seu comentário, forte abraço e sucesso.

  4. Olá Josué Oliveira Souza!
    Obrigado pela seu comentário.
    Forte abraço e sucesso na sua carreira!

  5. Muito obrigado pela matéria, é sempre bom relembrarmos como combater os princípios de incêndio, uma vez que se a situação for controlada no início, evitaremos grandes prejuízos e danos ao patrimônio e a vida.

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